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2 de março de 2011

What Is Love: Capítulo 5

Quase atrasado, mas nunca falhado, The Letter Box apresenta o capítulo 5 de What Is Love!!  Ah, semana que vem não haverá postagem por conta do Carnaval, então, até depois dessa semana ;]



Capitulo 5

—Uow!—Suspirou Paulo, girando a chave na fechadura e entrando no apartamento com os amigos.—Que dia, hein?
—Nem fala!—Exclamou Mauri, indo até um sofá e largando-se nele.—To mortinho.
—Você nem fez nada!—Riu Vinicius, ainda passando a mão pelo pescoço.
—Tá, mas pode parar de passar a mão pelo pescoço.—Disse Mauri, rindo, olhando para o amigo.—A Ammanda não ta aqui.—Vinicius mostrou o dedo médio e largou-se numa cadeira, sorrindo largamente.
—Mas vocês viram?! Viram? Ela ficou toda preocupada! Oh, I’m in love!
—Besta.—Riu Paulo, dando um tapa na nuca do amigo.—Bem, vamos terminar o dia vendo “De Volta Para o Futuro”.—Virou-se para Pedro, que estava calado até ali.
—Ahm...vejam vocês.—Murmurou, indo na direção dos quartos.—Não estou com vontade.
Os outros três se olharam, com os olhos arregalados. Tudo bem, o dia estava realmente estranho. Mas Pedro não querendo ver “De Volta Para o Futuro”? Em que tipo de mundo eles estavam? Saltando do sofá, Mauri rapidamente saiu atrás do amigo, que já estava largado em uma cama, olhando o teto no escuro.
—Hey.—Franziu a testa, ligando a luz e sentando ao pé da cama.— Algum problema?
Pedro apenas balançou a cabeça negativamente, passando a mão pelo lado do rosto.
—Eita. Ele te bateu aí também? Como eu não vi?
—Não foi isso.—Murmurou, sem olhar para Mauri.
—Então enlouqueceu de vez?—Riu Mauri, erguendo as sobrancelhas. Pedro riu, balançando a cabeça negativamente.
—Ela me beijou.
—Ela? Ela quem? Luana?—Perguntou Mauri, rapidamente.—Como? Quando? COMO EU NÃO VI ISSO?! Foi de língua?!
—Não!—Riu Pedro, achando a atitude do amigo engraçada.—Foi no rosto.
—Ooooh! Que bunitinhu. Você ta tão gay, cara.—Riu Mauri, recebendo uma travesseirada no rosto.
—Quando você se apaixonar, vai saber como é.
—Eu já sei, amigo.—Mauri piscou, levantando.—A diferença é que eu não vou descansar enquanto minha princesa só me der beijos no rosto. Agora vem. Você tem muito o que aprender com Marty McFly.
Pedro jogou os braços para cima, dando-se por vencido. Levantou-se e voltou para a sala com Mauri. Podiam falar o que quiserem. Ele estava se sentindo ótimo com aquilo.

...

—Mãe! Cheguei!—Gritou Luana, entrando em casa.
—Tem certeza que não tem problema eu dormir aqui hoje?—Perguntou Carla, um pouco acanhada.
—Claro! Minha mãe te adora.—Riu Luana, pondo a chave na mesa e ligando a TV.—Sem contar que ela não vai te deixar voltar sozinha para casa essa hora da noite.
Carla apenas sorriu e sentou-se ao lado da amiga. Ficaram assistindo um filme antigo, daqueles reprisados centenas de vezes, vez ou outra fazendo algum comentário, rindo. Após meia hora, cansaram e desligaram a TV.
—Que dia, não?—Riu Carla, olhando matreira para a amiga.
—É...que dia!—Suspirou Lua, olhando para a janela.
—Idiota aquele Danilo.—Bufou Carla, chegando perto de onde queria.—Ele e aqueles amigos dele.
—É...
—Brutamontes.—Resmungou, olhando-a de canto.—Ainda bem que o Pedro estava lá, não é?—Luana lançou um olhar significativo para a amiga.
—Ele podia ter se machucado.
—Mas você adorou, não foi?—Carla riu de canto, ajeitando-se no sofá, fitando a amiga.
—Não!—Exclamou Luana, franzindo a testa.—Ele podia ter se machucado sério.
—Sei...—Riu Carla, se levantando, esticando os braços para cima.—mas você tem que ver como seus olhos brilham perto dele.—Deu de ombros, olhando para os lados.—Não sou fã do Pedro. Você sabe o que eu penso dele e dos amigos. Maaaaaaas...—Voltou a olhar a amiga, com as sobrancelhas erguidas.—Ai, podem arrumar uma toalha? Preciso de um banho.
Luana demorou uns bons segundos sem fala, olhando sem ação para Carla. Após um tempo, onde Carla ergueu mais as sobrancelhas, esperando a resposta, balançou a cabeça positivamente e levantou-se. Pegou uma toalha no armário e entregou para a amiga que agradeceu e foi para o banheiro. Foi até o quarto e largou-se na cama. O livro de química ainda estava ali. Abriu na pagina que estava estudando mais cedo e pegou o bilhete.
“Para me fazer o homem mais rico, basta ver o teu mais verdadeiro sorriso”
Ela não sabia o que fazer.

...

—Aaah...que droga.—Resmungou Vinicius, saindo do carro de Paulo.—Odeio segunda-feira.
—Você odeia qualquer dia que tenha aula.—Riu Paulo, ligando o alarme do carro, ajeitando a mochila no ombro.
—Como se você amasse.—Disse Vinicius, rolando os olhos.
—Pense pelo lado bom!—Pedro cutucou o amigo, rindo.—Você pode ver sua amada.
—E por que acha que eu vim para a escola hoje?—Riu Vinicius, afastando-se do amigo.
—Porque eu ainda não sou louco de te deixar sozinho no meu apartamento.—Paulo deu de ombros.
—Isso também.—Vinicius riu, andando com as mãos nos bolsos.—Apesar de não entender por quê.—gargalhou, voltando a falar antes que Paulo pudesse enumerar os motivos.—Mas CLARO que meu motivo maior é ver a Ammanda!
—Então vai lá falar com ela!—Riu Mauri, empurrando Vinicius.—Ela ta bem ali.
Todos olharam para frente e viram Ammanda e Yale paradas na entrada do colégio. Havia dois garotos ao lado dela, que elas tentavam ignorar. Mauri e Pedro tiveram que segurar Vinicius pelos braços, quando um dos garotos (reconheceram como sendo Tiago, um dos garotos que andavam com Danilo) puxou-a pelo braço. Ammanda apenas puxou o braço de volta e falou algo com Yale, apontando algo adiante. Seguraram o riso ao verem a expressão furiosa dos garotos, por serem tratados como nada. Aproximaram, fingindo um tom compreensivo.
—Tudo bem, rapazes.—Riu Mauri, pondo a mão no ombro de um deles.—Elas também nos tratam assim.
—Esperem...—Disse Pedro, fingindo pensar.—Mas todo mundo nos trata assim!
—Sim, mas pelo menos ainda não trocamos nossos cérebros por músculos.—Ponderou Paulo, fazendo uma cara séria.
—Saiam daqui, perdedores!—Rosnou Gustavo. Os garotos começaram a rir, correndo para os portões do colégio. No meio do caminho Pedro virou, gritando para eles.
—Rapazes! O zoológico tá sentindo falta de vocês!—Virou para frente e apressou o passo, quando os dois fizeram menção de correr atrás deles.

...

Todos os alunos do segundo ano foram pegos de surpresa quando o diretor passou em cada sala, mandando-os seguir para o teatro do colégio. Pouco mais de quinze minutos depois, todos os alunos do segundo ano estavam sentados nas duras cadeiras do teatro, se perguntando o que faziam ali, ou conversando qualquer outra banalidade. Luana estava sentada com as garotas, rindo de Pedro e os outros garotos, que assustavam alguns alunos novatos, dizendo que era um ritual normal para os novos alunos, onde o diretor pedia para cantarem na frente de todo mundo.
—E o que acontece com quem canta mal?—Perguntou uma garota, visivelmente apavorada.
—Não sabemos, ninguém nunca falhou.—Disse Paulo, dando de ombros.—Mas sempre tem uma primeira vez para tudo, não é?—Pedro olhou maldoso para a garota, que parecia prestes a desmaiar.
—Mas dizem...—Murmurou, tão baixinho quer a garota teve que se aproximar para ouvir. Inconscientemente Luana fez o mesmo.—que a punição é um mês inteiro tendo aulas de canto com o diretor.
Luana tentou disfarçar uma risada, mas acabou fazendo um barulho engraçado com o nariz, na tentativa, chamando a atenção de Pedro. O Garoto virou o rosto para ela, sorrindo, piscando um olho. Luana sentiu o rosto corar e balançou a cabeça negativamente, tentando não sorrir tanto.
O burburinho só parou quando o diretor e a professora de literatura chegaram ao palco. Todos observaram os dois conversarem, enquanto um funcionário da escola ajeitava o microfone. A professora dirigiu-se até lá, pigarreando e começando a falar.
—Bom dia, alunos!—Disse, recebendo poucas e monótonas respostas, exceto de Vinicius e os outros, que bradaram um “Bom dia, querida professora!”, arrancando risadas de todos.—Obrigado pela resposta calorosa. Bem, alguns veteranos já devem suspeitar porque estamos aqui e...
—Professora!—Gritou a garota que Pedro e os outros apavoravam, levantando de um pulo.—Eu não sei cantar!
Os veteranos riram baixo, cochichando entre si. Os novatos, porém, pareciam apavorados com a possibilidade.
—Ahmm...isso é realmente...péssimo, Srta. Juliana.—Disse a professora, desconcertada. Depois, olhou para a fileira atrás da garota, onde quatro garotos tentavam, sem sucesso, fazer cara de inocentes.—Ah, entendi. Não se preocupe senhorita. Não vai ter que cantar, sapatear, domar um urso ou qualquer coisa que tenham inventado.
A garota sentou-se, corando violentamente, olhando feio para os garotos. Pedro sorriu e piscou para ela, mandando um beijinho. A garota virou-se novamente para frente, ainda irritada.
—Bem...brincadeiras sem graça à parte...—A professora pigarreou, sorrindo abertamente.—Esse ano, proponho uma atividade. Uma atividade muito interessante, muito boa para todos poderem interagir, trabalhando em equipe.
—Nada de gincanas, por favor!—Gritou um garoto, sentado mais na frente.
—Não, Alberto. Nada de gincanas.—Disse a professora, ignorando umas poucas risadas.—Iremos encenar uma peça teatral, baseada na mitologia celta. Tristão e Isolda. Os papéis serão definidos através de sorteios. Todos receberam uma cópia com um resumo da história. É bom lerem, pois caso sejam sorteados, não poderão voltar atrás. O trabalho valerá nota que será dada pela atuação da pessoa ou pela participação, caso seja escolhida para representar o pessoal de apoio.
—E quem não participar?—Perguntou Vinicius, erguendo a mão.
—Vai ter que fazer uma prova super difícil de vinte questões, todas abertas e subjetivas.—Disse a professora, num tom ameaçador que fez Vinicius afundar na cadeira.
—Auch...—Murmurou Carla, olhando para Luana, que sorria meio tensa. Olhou para frente e encarou a nuca de Pedro. Era um sorteio. As chances eram iguais. Respirou fundo e tentou não pensar nisso. Voltou a olhar para a professora que já passava uma penca de folhas para duas funcionárias que começavam a distribuir para os alunos.
—Até que não é uma má idéia.—Disse Ammanda, pegando o resumo e dando uma olhada.—Sabe...sempre tem a possibilidade de se descobrir um talento teatral.
—Com certeza não vai ser você, querida.—Riu Yale, brincando, também pegando o papel.—Você ta mais pra uma comédia.
—Tá me chamando de palhaça?—Riu Ammanda, fingindo-se de indignada.
Carla e Luana gargalharam da cara de Ammanda. Aproveitando a distração das duas amigas, Cah virou-se para a amiga, que parava de rir, olhando meio tensa para o papel.
—Não gostou da idéia?—Perguntou, olhando atenciosa para Luana.
—Não é isso...—Murmurou, olhando do papel para a amiga.—é que...sabe...sempre tem a possibilidade de...
—Você cair com o Pedro?—Sussurrou Carla, lançando um breve olhar para o garoto à sua frente, que recitava um pedaço do resumo, de maneira pomposa para os amigos.—Corta essa, vai ser a chance de vocês se acertarem!
—É...talvez você tenha razão...—Murmurou, também olhando para o garoto, sentindo uma contração na base do estomago.

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