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23 de fevereiro de 2011

What is Love: Capítulo 4

 Com o perdão da demora, tive alguns problemas essa semana, mas, enfim >.<...está aí o quarto episodio de What Is Love para todos ;D

Capitulo 4

—Aaah, não!—Resmungou Carla, virando o rosto, bebendo um gole de refrigerante. —Nem aqui?!
Luana virou o olhar e encarou os garotos que vinham na direção delas, sempre fazendo uma reverencia exagerada e pomposa quando esbarravam sem querer em alguém. Virou o rosto quando Pedro esbarrou em uma garota e beijou-lhe a mão, pedindo desculpas.
—Não liguem para eles.—Disse Yale, tranquilamente, porém, seguindo os movimentos de Mauri com o olhar.—É tudo o que eles querem. Atenção
As outras três concordaram e continuaram a fazer o que estavam fazendo antes. Não demorou muito até que Paulo e os outros chagassem até elas.
—Bom dia, belas princesas.—Disse Vinicius, sorridente, fazendo uma reverencia exagerada.
—Bom dia, Vinicius.—Respondeu Carla, sem olhar para eles.
—Então? O que fazem por aqui?—Perguntou Paulo, sentando na única cadeira ainda vaga.
—Não interessa a vocês e eu não me lembro de chamarmos vocês para sentarem com a gente.—Disse Ammanda, friamente.
—Também não lembro de terem proibido.—Riu Pedro, puxando uma cadeira e sentando ao lado de Luana que puxou a cadeira para longe dele. Carla viu a cara triste que o garoto fez e olhou para a amiga que parecia nervosa. Balançou a cabeça negativamente, rindo baixinho.
—Não sejam tão cruéis!—Riu Mauri, sentando numa mureta ao lado de Yale que corou profundamente.
—É!—Riu Vinicius, sentando ao lado de Mauri.—Somos apenas reles plebeus querendo se misturar com a realeza.—Olhou para Ammanda e piscou. A garota corou e disfarçou um acesso de risos, enchendo a boca de doces.
—Vocês são tão exagerados.—Murmurou Luana, revirando os olhos.
—Só ao seu lado, doce de coco. —Disse Pedro, sorrindo meio inseguro para Luana.
Seus olhares se encontraram e ela corou, principalmente ao notar o brilho nos olhos dele. Abriu a boca para responder, mas foi interrompida por uma voz não muito distante deles.
—Hey!—Todos viraram e encararam Danilo e três outros rapazes do time de futebol que vinham na direção deles.—O que fazem aí, perdedores?!
—É! O que fazem com nossas garotas?—Perguntou Gustavo, pesado de mais para correr, mas grande o suficiente para ser confundido com um lutador profissional.
—SUAS garotas?—Perguntou Pedro, franzindo a testa. Paulo levantou e começou a olhar a roupa das garotas, procurando algo.
—É, como imaginei. Nenhum selo de exclusividade.
—Fica caladinho, perdedor.—Rosnou Sérgio. Alto, muito músculo e pouco cérebro, segundo Mauri.—Ninguém falou com você.
—Tudo bem, tudo bem.—Disse Mauri, descendo da mureta.—Já vamos. Não queremos confusão com o órgão de proteção aos animais.
—Vão, vão! Otários.—Riu Danilo, sentando onde Pedro estava, passando o braço pelo ombro de Luana. A garota revirou os olhos, afastando o braço dele e levantando.
—Vamos, garotas?—Perguntou, de mau humor, sem olhar para Danilo.
As meninas concordaram, levantando, afastando-se dos braços dos outros garotos. Danilo levantou-se também, segurando o braço de Luana, com um pouco de força.
—Quanto tempo vai fugir de mim, gata?
—Me solta, Danilo.—Sussurrou Luana, olhando para a mão que segurava seu braço.
—Você sabe que foi feita para mim.—Disse ele, sorrindo maldoso.
—Danilo, você ta me machucando.—Sussurrou Luana, tentando manter a calma.
—Não vai fugir de mim por muito temp...
—Hey, idiota!—Pedro segurou o ombro de Danilo, virando-o com força, fazendo-o largar o braço da garota.—Não escutou? Ela mandou soltar!
—Sai pra lá, perdedor!—Bradou Danilo, empurrando Pedro pelo peito. O garoto cambaleou e bateu as costas na mesa, onde um casal de adultos lanchava.—Tá querendo arrumar confusão, é?!
Pedro apenas afastou-se, segurando na mesa, sentindo uma intensa dor nas costas. Mesmo assim, ajeitou a camisa e encarou Danilo, ignorando o fato de o garoto ser, pelo menos, duas vezes mais forte do que ele. Ele, por sua vez, apenas olhou com desdém para Pedro, como se ele fosse uma formiga andando pela mesa, que você dá um peteleco apenas para ver-la voar longe.
—Não tenho medo de você.—Murmurou Pedro, quase sem abrir a boca. Seus lábios e suas mãos tremiam furiosamente.
—Disse alguma coisa?—Desdenhou Danilo, pondo a mão em concha na orelha, como se fosse surdo, aproximando o rosto de Pedro.—Eu não estou te ouvindo daí de baixo!
Sem pensar, Pedro virou um murro no rosto dele. Porém, Danilo foi mais rápido e segurou-lhe o punho, torcendo o braço do rapaz atrás das costas. Pedro deu um grito abafado, tentando puxar o braço, sem sucesso.
—E agora, perdedor?—Danilo ria em seu ouvido, apertando mais o braço dele, fazendo Pedro gritar mais.—Ainda não tem medo de mim?
—Danilo!—Gritou Luana, puxando o braço do rapaz.—Larga ele!
Ele não lhe escutava. Ignorava os puxões de Luana como se ela não fosse nada. Porém, não pode ignorar quando alguém voou em suas costas, segurando seu pescoço e enfiando os dois dedos em seus olhos. Largou o braço de Pedro que cambaleou e caiu de cara no chão, arfando. Danilo girou de um lado para o outro até tirar Vinicius de suas costas.
—Ah, maldito!—Virou-se para o garoto, esfregando os olhos que ainda doíam.
Antes que pudesse reagir, Vinicius sentiu alguém lhe dar uma chave de braço, prendendo-o pelo pescoço. Debateu-se, tentando se soltar, mas a cada tentativa, sentia o braço apertar mais seu pescoço.
—Gustavo! Larga ele!—Disse Mandy, esganiçada, dando socos no ombro do rapaz.—Solta ele AGORA!
—Viu?! Escutou ela?!—Vinicius exclamava, esganiçado, quase sufocando.—Me solta!
Gustavo olhou de um para o outro e depois para Danilo, confuso. Porém, antes que pudesse tomar alguma atitude, os seguranças do shopping começaram a se aproximar. Sem pestanejar, Danilo e seus companheiros os deixaram para trás e saíram correndo. Os seguranças ainda tentaram alcançar-los, mas já estavam fora do shopping. Foram então na direção de Pedro, Luana e os outros, ainda sem reação. Carla, a primeira a sair do choque foi quem explicou toda a situação aos seguranças, que apenas advertiram eles.
Luana olhava estática para onde Danilo estava, minutos atrás. Seu coração batia com força. Então abaixou o olhar para Pedro, que estava sentado no chão, massageando o braço dolorido. Caminhou até ele agachou-se, passando a mão por seu ombro.
—Hey...você está bem?—Murmurou, olhando para o rosto em perfil do rapaz, mordendo o lábio inferior.
—É...—Riu de canto, sem olhar para ela, fazendo uma careta de dor logo em seguida.
—Foi...bem idiota o que você fez...sabia?—Luana sorriu, ainda olhando para o rosto do rapaz.
—Aaahm...tudo bem...eu juro que esperava pelo menos um obrigado, mas isso já me serve.—Pedro riu, brincalhão, olhando-a de canto. Luana mordeu novamente o lábio inferior e inclinou-se em sua direção, beijando-lhe a bochecha.
—Obrigado.—Sussurrou, sorrindo. Olhou para ele por alguns instantes ainda, antes de levantar e ir em direção das meninas. Pedro permaneceu no mesmo lugar, meio abobado. Lentamente deixou um sorriso surgir em seu rosto, levando a mão até onde ela havia lhe beijado. Poderia ter pulado de alegria, se seu ombro não continuasse dolorido.

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